Febre de origem obscura em portador de Neurofibromatose tipo 1 e doença de Crohn
Palavras-chave:
Neurofibromatose tipo 1, doença de Crohn, doença de Von RecklinghausenResumo
O avanço da Medicina Nuclear nos últimos anos vem trazendo perspectivas inovadoras tanto na área diagnóstica como na terapêutica, incorporando à prática clínica novas e distintas técnicas, capazes de auxiliar em diagnósticos cada vez mais precoces, que por sua vez possibilitam iniciar tratamentos mais precisos, gerando desfechos clínicos favoráveis. Desse modo, a cintilografia com 99mTc-leucócitos polimorfonucleares marcados tem sido útil na localização de processos inflamatórios/infecciosos, tendo importante papel em diversas áreas, elucidando situações clínicas até então desafiadoras. Nosso objetivo, através da descrição de um paciente com doença de Crohn, neurofibromatose tipo 1 e febre de origem obscura, é demonstrar a importância dos métodos complementares, em especial os leucócitos marcados, na elucidação diagnóstica precoce, permitindo uma melhor e decisiva qualificação da prática médica.
Referências
Almeida B, Moreira H, Sousa JP, Gomes H, Silva PC, Maia JC. Tuberculose intestinal – um diagnóstico a voltar a considerar. Rev Port Coloproct 2011; 8(1): 12-19.
Cameron EM, Raeburn A, Ford MJ. Neurofibromatosis and inflammatory bowel disease. Scott Med J 1989; 34:500-501.
Fuller e Williams. Gastrointestinal manifestations of type I neurofi bromatosis (von Recklinghausen disease), Histopathology, 19: 1-11, 1991.
Harrison’s Principles of Internal Medicine. 19ª edição, McGraw-Hill Medical Publishing Division, 2015.
Hirbe AC et al. Neurofibromatosis type 1: a multidisciplinar approach to care. Lancet Neurol. 2014 Aug;13(8):834-43.
Lee MJ, Stephenson DA. Recent developments in neurofibromatosis type 1. Curr Opin Neurol 2007; 20:135-141.
Michael W. Rabow, Stephen J. McPhee, Maxine A. Papadakis, Current - Medical Diagnosis e Treatment, 57ª edição, Lange Medical Books/McGraw-Hill, 2018.
Sleisenger & Fordtran. Tratado Gastrointestinal e Doenças do Fígado, 9ª ed, Elsevier, 2010.
Souza JF, Toledo LL, Ferreira MCM, Rodrigues LOC, Rezende NA. Neurofibromatose tipo I: mais comum e grave do que se imagina. Rev Assoc Med Bras 2009; 55(4): 394-9.
Triantafillidis JK, Peros G, Merikas E, Malgarinos G, Gikas A. Crohn’s disease in a patient with Von Recklinghausen’s disease: A rare combination of two disorders with genetic background. Annals of Gastroenterology. 2009, 22(2): 119-122.
Vignal C, Singer E, Peyrin-Biroulet L, Desreumaux P, Chamaillard M. How NOD2 mutations predispose to Crohn’s disease? Microbes Infect 2007; 9:658.